Selma critica filhos de Bolsonaro e diz que saiu na hora certa
DA REDAÇÃO
A senadora Selma Arruda (Podemos) criticou a postura adotada pelos filhos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) por protagonizar brigas, até por meio das redes sociais, com filiados do PSL nas últimas semanas.
Selma contou que “por muito menos” se desfiliou da sigla. A congressista se filiou ao Podemos em setembro deste ano após ter uma briga com o senador Flávio Bolsonaro.
À época, ela alegou que foi pressionada por Flávio – de forma grosseira - a retirar a sua assinatura do requerimento para a criação da CPI da Lava Toga, para investigar o Judiciário.
“Esses últimos desentendimentos, eu com certeza não teria suportado se ainda tivesse no partido. Por muito menos eu saí, vim para o Podemos que tem mais postura, muito mais qualidade em termos de seus membros e não me arrependo de ter feito isso. Acho que fiz escolha certa, no tempo certo”, disse a senadora.
A congressista, no entanto, garante que continua apoiando o Governo Bolsonaro. Mas admite que as trocas de farpas pública entre os filiados com os filhos de Bolsonaro podem até afastar investidores internacionais ao País.
“Isso aí é uma coisa que o Brasil só perde. Se eu fosse um investidor e tivesse fora do Brasil, com certeza eu não colocaria meu dinheiro em um país onde essas turbulências acabam causando crises absolutamente desnecessárias e sem fundamento”, afirmou.
Interferência dos filhos
Desde que assumiu o País, em janeiro deste ano, o presidente Bolsonaro têm recebido críticas por “passar a mão” na cabeça dos filhos.
Recentemente, os peesselistas Eduardo Bolsonaro e Joice Hasselmann trocaram farpas no Twitter. A deputada chegou a ser destituída do posto de líder no Congresso e vem sendo massacrada nas redes por apoiadores do presidente.
Para Selma, a briga entre os congressistas é uma “coisa horrosa” e Bolsonaro perde politicamente dando “coro” às atitudes dos filhos.
“Não apoio de forma alguma. Acho que o presidente Bolsonaro perde muito com essa interferência que ele está sofrendo por parte dos filhos e com essa forma que ele esta vendo às vezes a necessidade de colocar um filho na embaixada, de proteger o outro filho”, disse.
“Deixar o filho com a senha do Twitter. Falando bobagem, apagando. Isso aí é uma coisa que o Brasil só perde”, completou.