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Policial revela que encontrou corpo de jovem "ajeitado" em mansão

Policial revela que encontrou corpo de jovem "ajeitado" em mansão

PM ainda conta que viu encontro de delegado, advogado e pai de autora do tiro

LIDIANE MORAES
Da Redação

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Um policial militar que atendeu a ocorrência da morte de Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, em um condomínio de luxo, em Cuiabá, no dia 12 de junho, prestou depoimento à Polícia Civil e disse que quando ele chegou ao local do crime, percebeu tudo arrumado e o corpo parecia ter sido ‘ajeitado’ por alguém. O policial contou ainda que foi um dos primeiros a chegar ao local, que permaneceu isolado e foi liberado apenas com a chegada da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). "Que o depoente chegou na residência dos fatos, onde já estava presente a equipe do SAMU, além do proprietário da casa senhor Marcelo Cestari, sua esposa, seus filhos e o advogado da família. Que em conversa com médico do SAMU, este informou que havia um corpo estirado no chão em óbito no andar superior da casa", disse.

Segundo o PM, ele subiu em companhia do SAMU e a posição do corpo chamou a atenção, pois estava arrumado. Além disso, o local estava limpo.

Entretanto, ele afirmou ainda que o corpo possa ter sido ‘ajeitado’ após as massagens cardíacas feitas pelo empresário Marcelo Cestari, durante conversa telefônica com o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciosp), em que recebeu as orientações de um socorrista. "Que o depoente afirma ter chamado a sua atenção foi a posição do corpo da vítima que estava ajeitado, ou seja, como se alguém tivesse arrumado, mas que possivelmente pode ter sido em razão das massagens realizadas pelo senhor Marcelo Cestari (proprietário da casa); que o depoente percebeu uma quantidade considerável de sangue que saia da cabeça da vítima e seguia em direção ao ralo", diz trecho do depoimento. 

O policial afirmou ainda que não encontrou, no local, nenhuma arma, nem case, nem munições. Porém, que ao chegar à residência, o médico do SAMU, Heitor Pedrosa, que já se fazia presente, havia dito que ao chegar, constatou que haviam várias armas sobre a mesa da sala, mas que, o proprietário informou que era atirador esportivo, tendo o registro de todas elas.

CONVERSA COM DELEGADO

O policial afirmou ainda que conversou com o empresário e que ele disse que escutou um barulho, mas não identificou que havia sido um tiro, mas pensou que o estouro seria decorrente da queda da adolescente e que, consequentemente, havia batido a cabeça no chão. Ele também conversou com a autora do disparo, também adolescente de 14 anos, que ela afirmou que estava indo guardar as armas a pedido do pai, porém, antes, foi atrás da amiga.

Ela relatou ainda que se desequilibrou e as armas caíram.