Justiça manda 2 a júri popular por matar PM em Cuiabá
Terceiro acusado foi impronunciado e conseguiu ser posto em liberdade
RAFAEL COSTA
DO REPÓRTERMT
Foto: Polícia Militar
O policial foi assassinado em agosto de 2020
O juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Wladimyr Perri, pronunciou no dia 29 de maio Ivo Rogério Pereira da Silva e Wesley Maicon Pedroso, vulgo "Magrão", pela morte do subtenente da Polícia Militar Everaldo Rodrigues Alves. Isso significa dizer que a dupla será julgada em júri popular pelo assassinado, ambos enquadrados em homicídio por motivo fútil.
A pena pode ultrapassar 30 anos. Por outro lado, o magistrado entendeu que não existem provas suficientes para levar a júri popular o terceiro suspeito de envolvimento no assassinato, Wesley Maicon Pedroso. Por isso, foi revogada a prisão preventiva.
O crime aconteceu no dia 29 de agosto de 2020 no bairro Pedra 90 em Cuiabá. De acordo com a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso, o subtenente da Polícia Militar, Everaldo Rodrigues Alves, compareceu a uma distribuidora acompanhado da sua esposa para comprar bebidas.
No momento em que a mulher estava sozinha, em frente à distribuidora, os acusados passaram a provocá-la dizendo: "ah, ela é mulher de polícia", e o "gay chegou".
Quando o PM estava deixando a distribuidora ouviu as provocações, motivo pelo qual agrediu fisicamente Walter da Cunha Figueiredo. Na sequência, Ivo Rogério Pereira da Silva e Wesley Maikon Pedroso imobilizaram o policial militar enquanto Ivo Rogério Pereira da Silva pegou uma arma de fogo e efetuou vários disparos na cabeça da vítima.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas o PM já estava morto. Os suspeitos fugiram em uma motocicleta e a pé, levando a arma do policial. Porém, foram presos no dia seguinte.