Facção tenta distribuir drogas na PCE disfarçadas de “kit-Covid”
Material foi levado por familiares de detentos e foi apreendido pela Polícia Civil na última terça
A Polícia Civil apreendeu drogas disfarçadas de medicamento para tratamento e prevenção da Covid-19 que seriam distribuídos na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. A ação ocorreu no final da tarde de terça-feira (7).
As investigações da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), com apoio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), iniciaram após denúncias de que uma organização criminosa aproveitaria o momento de pandemia do novo coronavírus para entrar com entorpecentes na PCE.
Segundo as informações, familiares de detentos da unidade prisional receberam instruções da facção criminosa para comprar medicamentos destinados à prevenção e tratamento da doença - em alguns casos utilizando receitas médicas falsas - e nos frascos de polivitamínicos com cápsulas maiores substituir o medicamentos por substâncias entorpecentes como maconha e cocaína.

Diante da denúncia foi possível impedir a entrada dessa grande quantidade de drogas em cápsulas na penitenciária
De acordo com o delegado da DRE, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, os supostos medicamentos chegaram a ser recebidos na PCE e seriam distribuídos na unidade prisional na quarta-feira (08) no raio cinco, onde estão os presos considerados de maior periculosidade do estado.
“Diante da denúncia, em ação conjunta da DRE, DHPP e Polícia Penal foi possível impedir a entrada dessa grande quantidade de drogas em cápsulas na penitenciária, assim como a comercialização do entorpecente na unidade prisional", disse o delegado
"Todo material apreendido será periciado, pesado, porém, visualmente já se percebe que são centenas de cápsulas recheadas com entorpecentes”, acrescentou.
O delegado DHPP, Caio Fernando Álvares Albuquerque, disse que a apreensão da droga foi possível graças ao recebimento da informação da entrada de entorpecentes tipo maconha e cocaína de boa qualidade na unidade aproveitando o período da pandemia.
“Recebemos informações fidedignas sobre a manobra utilizada pela organização criminosa e conseguimos identificar o entorpecente quando já entregues na PCE, porém, antes de ser distribuída aos seus destinatários”, frisou.