Estado emite alerta sobre aumento de casos de dengue e síndromes respiratórias em MT
Informe apresenta medidas emergenciais para conter avanço das síndromes, como dengue, zika, chikungunya, pneumovírus e covid-19.
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UTIs estão lotadas com casos de dengue e síndromes respiratórias em MT
JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) emitiu um informe na última terça-feira (28) sobre aumento dos casos de síndromes febris e síndromes respiratórias agudas graves em Mato Grosso. A circular foi encaminhada para todas as Secretarias Municipais de Saúde do estado.
O informe apresenta medidas emergenciais para conter o avanço das síndromes, que englobam doenças como a dengue, zika, chikungunya, pneumovírus e covid-19, que estão causando superlotação leitos pediátricos de UTI e a sobrecarga geral da rede de atenção.
Em Cuiabá, a Santa Casa de Misericórdia chegou a suspender os atendimentos de ambulatório infantil na terça-feira (28), após receber mais de 300 crianças apenas pela manhã. Algumas unidades da saúde pública da Capital também apresentam superlotação, mas o atendimento permanece.
De acordo com o documento, o estado apresentou nas últimas semanas um aumento exponencial dos casos de síndromes febris, como dengue, dengue grave e/ou com complicações, zika e chikungunya e de síndromes respiratórias agudas graves, como a influenza, covid-19 e os pneumovírus circulantes.
Ainda segundo a SES, mesmo com o pedido de autorização para criação de leitos pediátricos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), há necessidade de organização de novas ações por parte dos municípios. Para a pasta, apenas a abertura de novos leitos não resolve a situação emergencial de saúde que o território estadual enfrenta.
Entre as medidas emergenciais citadas pela secretaria, estão: notificar os casos de dengue mediante a suspeita clínica; prover atenção diferenciada aos casos que apresentem condições clínicas especiais e/ou de risco social ou comorbidades; e solicitar exames inespecíficos para dengue. Além disso, também está prevista a notificação sobre a capacidade de atendimento na rede de atenção.
Caos em Cuiabá
As unidades de saúde de Cuiabá tiveram forte aumento na procura por atendimento ambulatorial nos últimos dias. A maior parte dos pacientes são crianças, com sintomas de gripe e virose respiratória.
Com esse crescimento, algumas unidades estão com superlotação, conforme informou o Gabinete de Intervenção na Saúde.
As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e policlínicas da Capital também estão superlotadas, mas estão conseguindo atender toda a demanda, já que as unidades contam com pediatras e clínicos.
O mesmo não pode ser dito das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Cuiabá, que estão tendo dificuldades para atender a toda a demanda porque faltam médicos. Mesmo assim, o atendimento não foi suspenso.