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Após denúncias, Câmara conclui relatório que pode cassar vereador em Cuiabá.

Após denúncias, Câmara conclui relatório que pode cassar vereador em Cuiabá.

Abílio Junior é acusado de quebrar o decoro por extrapolar sua função de vereador e ridicularizar colegas.

ALLAN MESQUITA
Da Redação Folha Max

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A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar que investiga a que investiga a quebra de decoro do vereador Abílio Junior (PSC), vai apresentar nesta quarta-feira (12) o relatório final do processo que pode resultar na cassação do mandado dele. A comissão é presidida pelo vereador Toninho de Souza (PSD)

A reunião extraordinária foi marcada para as 7h da manhã, na sala das Comissões vereador Julio Pinheiro. O documento será lido pelo relator, Ricardo Saad (PSDB) e votado pelos demais membros da Comissão - Toninho de Souza e Vinícius Clovito, para então ser encaminhado a presidência do Parlamento Municipal para devidas providências. Caberá a Misael levar o relatório ao plenário.

O ação disciplinar contra Abílio foi aberta em outubro após a representação do ex-vereador e suplente Óseas Machado, que acusou o parlamentar de invadir espaços públicos e privados, entre outras atitudes abusando de seus direitos de vereador.

Entre os fatos narrados por Oséas, está de que em maio de 2019, Abílio foi acusado de tentar invadir a casa do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), localizada no bairro Jardim da Américas, para, supostamente, fiscalizar uma obra que estaria sendo executada na residência. Na ocasião, teve o celular "tomado" por um funcionário de Emanuel.

Ele também é acusado de ridicularizar colegas parlamentares durante as sessões da Câmara. Segundo Machado, foram alvos das ironias de Abílio Junior, os vereadores Juca do Guaraná Filho (Avante), Renivaldo Nascimento (PSDB), o presidente da Câmara, Misael Galvão (PTB), entre outros.

ACUSAÇÕES

O processo de cassação de Abílio foi marcado pelo depoimento da servidora do Hospital São Benedito, Elizabete Maria de Almeida. Inicialmente, ela revelou uma reunião na casa do vereador Juca do Guaraná, em que o prefeito Emanuel Pinheiro esteve presente e ofereceu R$ 50 mil, além de cargos no Executivo, para parlamentares votarem pela cassação de Abílio. No outro dia, acompanhado do vereador, esteve na Delegacia Fazendária acompanhada do vereador registrando boletim de ocorrência.

Posteriormente, diversos vereadores colocaram que a servidora não esteve na reunião. No início deste ano, Elizabete prestou depoimento na Delegacia Fazendária e denunciou o que seria uma "armação" que contou com a presença de Abilinho.

Segundo ela, após dizer que não esteve na reunião na casa de Juca do Guaraná, Abílio teria orientado Elizabete a sustentar essa versão. A reunião entre ambos ocorreu num hotel na Capital.